domingo, 29 de janeiro de 2012

Como prever o futuro

     Desde há muito tempo que os profetas são perseguidos, menos por predizer o futuro e muito mais por denunciar o presente, com suas evidentes consequências futuras. É certo que muitos se dedicaram às previsões, mas não todos. O que era e ainda é de grande importância é a visão clara do que está acontecendo, sem a cegueira proposital de que “a esperança é a última que morre”.
     Todos nós temos capacidade de previsões plausíveis para nossa vida. Na verdade fazer previsão é uma atitude bastante simples, que ocorre naturalmente toda vez que adquirimos uma nova experiência – é só beber umas biritas para saber o que é uma ressaca. E depois podemos nos prevenir diminuindo a quantidade, ou repetindo a dor de cabeça (tem gente que demora aprender).
     Muito do que nos acontece estava previsto, porém preferimos nos fazer de cegos, para não ter que tomar uma atitude, mudar de hábito ou seguir um caminho diferente. De um modo geral estamos anestesiados com as atrações exteriores, sem olhar um minuto para nossos sentimentos.  Isto está fora de moda, fora do contexto, fora dos valores que são cultivados na sociedade. Na verdade, isso sempre foi assim – até bem pior do que hoje, por exemplo há uma preocupação ecologica hoje que não existia há 30 anos atrás.
     O mais interessante de ter clareza do que é a sua vida atual, é poder construir o que você quer viver daqui pra frente. Primeiro é preciso coragem para admitir e até para poder ver se a vida está do jeito que você goste. Experimente, veja alguns aspectos e vai dando uma nota. Porém só vale dar 1 ou dez. Ou está bom ou não está. Dizer que é o que pode fazer é uma blasfêmia. Dá pra ver porque muitos preferem fechar os olhos, pois é preciso coragem pra viver. Quanto mais você abrir seus olhos, for sincero e verdadeiro terá mais capacidade de realizar seus desejos.
     Quanto a questão de prever o seu futuro vamos usar a frase de um famoso economista Peter Druck(*) "A melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo"

(*) ... nasceu no dia 19 de novembro de 1909, foi um filósofo e economista de origem austríaca, considerado como o pai da administração moderna.

Um comentário:

  1. É, acho que a necessidade de querer algo ou alguma coisa está relacionada ao poder. Ou seja, à capacidade de possuir que esta sociedade capitalista, com o papel que representamos, incitou.
    Perdemos a visão de futuro, e chegamos a um ponto tal que transformamos o foco de nossos sentimentos para a relação de posse, isto é, eu preciso tocar, reter nas mãos, para sentir.
    E aí viramos esse emaranhado de truculência, selvageria.
    Desaprendemos de perceber, encantar e encantar-se, enamorar-se, intuir.
    Eu sou uma cidadã, adoro andar pela cidade e ver o comportamento das pessoas, e te digo honestamente: há que se ter uma grandeza interior bem alicerçada para não sucumbir ao imediatismo de um gozo momentâneo. Todos querem viver com esses espasmos. Habituaram-se com esse padrão de sintonia, e não têm forças para se rebelarem. Daí a freqüência com que as situações as mais absurdas passaram a fazer parte da realidade e do cotidiano (não há necessidade de exemplificação. É só abrir o jornal, ou a internet, e está tudo lá).
    Aquela lição profética de “Paz e Amor”, que os Mestres amplificaram e que os jovens eternizaram, é o mote para o já, o agora, o estar.
    Isso faz mais de 50 anos!


    Bete Soares

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