sexta-feira, 22 de junho de 2012

A gente ama do jeito que usa o dinheiro – ou vice-versa

Observe como você gasta seu dinheiro. Gasta muito? É pão-duro para dar presente, ou é pão-duro quando se trata de comprar alguma coisa para si? Existem padrões mais sutis que parecem não ter nenhum significado, como: “meu dinheiro não dá pra nada”, “cada vez sobra mais mês no meu salário”, brincadeiras à parte, sua vida financeira pode ser uma montanha russa de pouca subida e muita descida. Caso você já trabalhe há algum tempo, pergunte-se o que melhorou no seu padrão de vida, ou você continua tendo que “lutar” pela sobrevivência do mesmo jeito de sempre.
Existem também as histórias de quem já teve dinheiro e perdeu tudo, porque foi passado pra traz, porque o governo mudou as regras, porque aconteceu uma enxurrada, ou ... qualquer outro motivo, aparentemente alheio à sua vontade, mas que volta a ter tudo com você diante da pergunta: por que você estava naquela posição, naquele momento? Neste grupo, podemos incluir as promessas que nunca se cumpriram, desde passar num concurso público até aquele ótimo emprego que não saiu.
O que ia acontecer e não aconteceu foram também as possibilidades de um bom casamento, a promessa de ter uma casa, uma família e todos os sonhos que foram se evaporando com o passar dos anos. No final das contas, a vida ficou bem difícil com tanta frustração, dor, tristeza e a falta de perspectiva gera baixa autoestima e doenças perigosas. No mínimo, com esse peso todo, a sua vida será muito triste.
Até quando isso vai durar?
A única solução seria nascer de novo?
Quase isso, mas se você considerar que para nascer de novo não é preciso morrer. Aliás, eu sempre acho que a gente vive muitas vidas em uma só.
Comece pela questão do dinheiro e recorde como isso era tratado na sua infância. Ter ou não ter dinheiro indica um estilo de vida, mas a definição principal é o modelo de dinheiro adotado na sua casa. Por exemplo: “mãe quero ir ao macdonalds”: não enche o saco. Não tenho dinheiro. Lá vem você ... Estou guardando dinheiro para te levar na Disney, será que não chega? E lá vai você com o rabo entre as pernas como se tivesse cometido um grande erro.
Existem as frases de adulto para adulto que te respingam (te sujam): “nesta casa eu tenho que bancar tudo”, “ninguém me ajuda em nada”. Até mesmo aquelas que são aparentemente mais filosóficas, como: “a vida é uma luta constante pela sobrevivência”, “para sobreviver tenho que matar um leão por dia”.
Com essa pancadaria toda acho que já deu pra entender como é construído o modelo de dinheiro/realização juntamente como o modelo de afeto. Quanto mais você se lembrar, mais poderá desfazer essas argolas de ferro que o prendem a uma situação que não é sua (ela é de quem o criou). Você viverá suas próprias situações, que poderão ser repetições burras do que lhe aconteceu, ou não - pelo amor de Deus, não fique perpetuando isso para seus filhos.
Anote num papel toda essas situações passadas , com persistência você vai descobrir os modelos que lhe foram “ensinados”. Faça isso vários dias e depois de cada “seção” diga em voz alta: “Esses padrões foram vividos na minha infância, eles não são meus, eu posso viver em liberdade, sou feliz, me realizo. Posso ter dinheiro. Eu tenho dinheiro.” As afirmações devem ser ditas no presente, como um estado de espírito interno.
O seu mundo interior cria o mundo exterior. São os sentimentos íntimos que o dirigem para novas aventuras, para novas possibilidades. Porém se dentro de você existe receio e dúvida, não se arriscará a tomar nenhuma atitude, somente porque isso representa quebrar um padrão interno que você desconhece, mas que precisa ser quebrado. Os movimentos da vida ocorrem a partir dos pensamentos, que geram sentimentos que nos leva a agir e então obtemos os resultados, como frutos do que temos internamente. 

Um comentário:

  1. Eu cresci ouvindo, para TUDO: "é caro!" ou "nossa, que absurdo!"
    Hoje, que sou uma pessoa adulta, vejo que o padrão de vida que eu levava enquanto criança, adolescente, era um padrão muito acima do geral e, quem verbalizou essas frases, fez sem necessidade. Cresci acreditando que muita coisa "não era pra mim", ou "é pra quem pode". Hoje vejo que são pra mim sim e que posso muito mais. Mesmo ainda não tendo alcançado o padrão de vida que tive enquanto criança/adolescente, sob cuidados de quem quer que fosse.
    Não são as coisas que são caras, você que está administrando mal seu dinheiro - ou está produzindo pouco.

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